7º livro lido em 2017
Terminei de ler em 16/10/2017
A história da América Latina é feita de suor, dor, lágrimas,
injustiça, trabalho, escravidão, exploração, dívidas e sangue, muito sangue. A
riqueza do nosso continente, foi a nossa maior maldição. Por ser abundantemente
rica em ouro, prata e diamante e diversos recursos naturais, inclusive
petróleo, nenhum país do nosso continente pode comprar a felicidade, tão pouco
a sua respectiva liberdade. Pelo contrário, encontrou na forja que produziu seu
próprio grilhão de ferro, o desespero e agonia em escala continental por
séculos em que se alegou, erradamente, que a América Latina foi “descoberta”.
A América Latina não foi descoberta, e sim
conquistada. É paradoxal, em meio a tanta riqueza natural que durou séculos
para se esgotarem, que o que se tem a relatar na história são genocídios,
humilhação e exploração, um legado inteiro de derrotas. A honra e dignidade que
houve, pertencem ao solo que abriga os heróis mortos, nos cenários relatados de
luta, e com o tempo quase que estes caíram no esquecimento, pois foi
desproporcional se compararmos as poucas conquistas com as inúmeras derrotas.
Mas salvo os relatos do brilhante uruguaio Eduardo Galeano, os registros dos
esforços e as lutas dos povos e civilizações massacrados, e até extintos,
estarão impressos nas páginas e perpetuaram na memória dos que assim lerem a
história da América Latina, em as Veias Abertas.
Essa triste rotina dos séculos
começou com o ouro e a prata, e seguiu com o açúcar, o tabaco, o guano, o
salitre, o cobre, o estanho, a borracha, o cacau, a banana, o café, o
petróleo... O que nos legaram esses esplendores? Nem herança nem bonança.
Jardins transformados em desertos, campos abandonados, montanhas esburacadas,
água estagnadas, longas caravanas de infelizes condenados à morte precoce
palácios vazios onde deambulam os fantasmas. (p. 5)
Este livro, Eduardo Galeano terminou de escrever no final do
ano de 1970. Nesse período, a ditadura já era uma realidade pós colonialismo em
muitos países do nosso continente, financiada pelos Estados Unidos. Sete anos
depois, o livro ganha, mais algumas páginas atualizadas sobre o que aconteceu
desde que editara o livro para ser publicado pela primeira vez. Antes ainda, há
alguns fragmentos no prefácio, que o próprio autor escreveu em 2010, que
ressaltam a significância dessa obra. Eis um livro repleto de relatos e fatos
históricos dos últimos 500 anos (mais ou menos) do continente sul americano.
Em um dado momento, em 2014, Eduardo Galeano renegou o livro,
afirmando que não estava preparado na época para escrever um livro sobre
economia política, afirmou que não conseguiria reler sua própria obra, na época
em que fez estas declarações, porque os discursos de esquerda contidos nos
livros não eram mais toleráveis ao seu entendimento. Alegando até que cairia no
sono se tivesse que ler novamente. De fato, existe um momento do livro que fica
muito densa a leitura. Principalmente metade para o final.
Creditei esse fator
que o livro traz pelo excesso de informação e dado histórico que o autor insere
para exemplificar mais na frente o que é de real relevância. Embora a tentativa
de Galeano de rejeitar a própria obra, - por mais que o porquê disso nem ele
mesmo tenha deixado muito claro em vida, pois Galeano faleceu recentemente em
20015 - não tira o peso e a importância
que o livro carrega em si, pois retratar ao mundo a visão na condição do
colonizado é de suma importância sim, e a América Latina é a que melhor poderia
dar essa elucidação, essa contribuição para a memória do mundo.
As Veias Abertas da América Latina é um livro explicitamente
de esquerda, que critica a ideologia capitalista imposta à todas as
civilizações que se tornaram colônias de Espanha, Portugal e Inglaterra, e mais
adiante na história do progresso do capitalismo, os Estados Unidos. Assim é
tido como de esquerda todas as mensagens nos relatos do livro, pelo próprio
escritor inclusive, por ser anticolonialista, anticapitalista e
antiamericano.
A América Latina é uma região do
mundo condenada à humilhação e a à pobreza? Condenada por quem? Culpa de Deus,
culpa da natureza? Um clima opressivo, as raças inferiores? A religião, os
costumes? Não será a desgraça um produto da história, feita pelos homens e que
pelos homens, portanto, pode ser desfeita? (p. 348)
Na nova etapa histórica que estava regendo a economia mundial, era
alimentada basicamente pelas grandes navegações que partiam dos países do
chamado primeiro mundo, em busca de produtos com alto valor de comercio na
época. E nesse período – século XVI - a
Europa “precisava de ouro e prata”
como afirma Galeano (2010. P. 51). O europeu descobrindo por acaso que haviam
novas terras onde brotavam ouro e prata aos montes, onde o valor atribuído pelo
velho mundo a esses metais, era desconhecido pelos povos que viviam no
continente recém descoberto, facilitou o caminho para extração dessas riquezas,
condicionando inevitavelmente à colonização todas as terras conquistadas desse
novo mundo. Porém, Portugal e Espanha que colonizaram a América-Latina não
ficavam com as riquezas extraídas. Boa parte do que se tirava de ouro e prata
das colônias, inclusive do Brasil nesse período, não tinham como destino final
Portugal e Espanha, a riqueza só transitava por lá e mais adiante parava nas
mãos da Inglaterra e Holanda.
Essa exploração do ouro e da prata ocorreu através da escravidão e de muitas mortes, dizimando-se até civilizações indígenas, que já aqui existiam antes do descobrimento, como pode ser visto no capitulo “O Derramamento do sangue e das lágrimas; e, no entanto, o Papa tinha resolvido que os índios tinham alma”, onde Galeano afirma que:
Foi longo e devastador o ciclo do açúcar na América Latina. A exploração da monocultura deixou por muito tempo as terras improdutivas em diversas colônias. Isso sem mencionar no aumento demanda por escravos africanos para trabalharem na produção agrícola. O açúcar sendo uma iguaria de preço elevado na Europa, passou a ser de interesse dos países do primeiro mundo, um modo de obter a o controle da produção, visando evidentemente os lucros com a dominação deste mercado. A Holanda, forte potência, chegou a invadir o nordeste brasileiro em 1630, com o intuito principal de aprender os conhecimentos técnicos para a produção de açúcar. Porém os holandeses foram expulsos, mas levaram consigo o conhecimento da produção de açúcar para as Antilhas, propagando em nome da obtenção de lucro, a exploração, a pobreza e a miséria em outras terras da América Latina. A exploração do açúcar chega até o século XX, onde em Cuba acontece a revolução com o intuito de acabar com a devastação que a exploração do açúcar culminou. Houve o ciclo da borracha, onde no Brasil se concentrava a maior reserva de borracha que existia até então. Mas como a técnica do açúcar, a técnica para obtenção da borracha foi levada do Brasil, só que dessa vez pela Inglaterra, fazendo com que o Brasil não fosse mais o único polo produtor de borracha. O cacau e o café também tiveram sua vez nas explorações agrícolas.
A mentalidade de monocultura implantada na América Latina, não trouxe benefícios para nenhum país da América Latina, o que foi deixado foi um legado de anos de terras improdutivas, advindas do período da escravidão, e deixando no presente milhares de pessoas em situação de miséria.
O legado deixado na mentalidade burguesa latino-americana, desde as épocas de colônia, foi a de que tudo que é estrangeiro é bom, e o interno é de pouco apreço. Esse infeliz critério proporcionou ao imperialismo as condições necessárias para disseminar ainda mais as influências nas colônias pós independentes. Não houveram resistências ideológicas, mesmo em meio a tantas derrotas, perdas de vidas e riquezas naturais. Aos países do chamado primeiro mundo, foi deixado todas as portas abertas por aqueles que aqui se mantinham no poder. A América Latina, não muito longe, encontrou em sua independência a própria dependência, conforme Galeano (2010. P. 159) afirma: “Frustração econômica, frustração social, frustração nacional: uma história de traições seguiu-se à independência, e a América Latina, despedaçada por suas novas fronteiras, continuou condenada à monocultura e à dependência. ” Diferente do que aconteceu com a economia na América do Norte, que após a independência se voltou para o mercado interno, assim se fortificando; os detentores do poder na América Latina não se preocupavam em abastecer o mercado interno. Explica Galeano (2010. P. 130) “Essas circunstâncias explicam a ascensão e a consolidação dos Estados Unidos como um sistema economicamente autônomo, que não drenava para fora a riqueza gerada em seu seio. ” Assim, a falta de controle/interesse da própria regulação de mercado fez com que o poder político latino-americano fosse facilmente corrompido e manipulado.
A ganância pelo capital estrangeiro corrompeu a elite social. Seduzidos pelas obtenções de lucros que a promessa do livre comércio trazia, não houve imposição quanto as negociações desfavoráveis que ao invés de desenvolver, acabava chancelando o subdesenvolvimento da América Latina.
Não conhecia sobre este livro, passei a me dar conta de sua grandeza e importância através das aulas de Administração de Crises que estou tendo na faculdade. Sou estudante de Relações Públicas. Acredito que a importância desse livro para o campo de estudo da comunicação corporativa está justamente no texto de Galeano que relata os abusos cometidos em nome do capital predatório e desumano, que ceifou milhares de vidas, o autor ajuda a mostrar ao leitor até que ponto a busca incessante pelo progresso e pelo capital, faz com que sejamos inescrupulosos com próprio gênero humano.
A Europa estendia seus braços para
alcançar o mundo inteiro. Nem Espanha nem Portugal receberam os benefícios do
avassalador avanço do mercantilismo capitalista, embora fossem suas colônias
quem em grande parte, proporcionassem o ouro e a prata para nutrir essa
expansão [...] Inglaterra e Holanda, campeãs do contrabando de outro e de
escravo, que amealharam grandes fortunas no tráfico ilegal de carne negra, por
meios ilícitos apossaram-se, segundo se estima, de mais da metade do metal que
correspondia ao imposto do “quinto real” que no, Brasil era recebido pela coroa
portuguesa. [...] O centro financeiro da Europa se deslocou de Amsterdam para
Londres. (P. 50 - 83 – 84)
Essa exploração do ouro e da prata ocorreu através da escravidão e de muitas mortes, dizimando-se até civilizações indígenas, que já aqui existiam antes do descobrimento, como pode ser visto no capitulo “O Derramamento do sangue e das lágrimas; e, no entanto, o Papa tinha resolvido que os índios tinham alma”, onde Galeano afirma que:
A economia colonial
latino-americana valeu-se da maior concentração de força de trabalho até então
conhecida, para tornar possível a maior concentração de riqueza como que jamais
contou qualquer civilização na história mundial. [...]os índios das Américas somavam não menos
do que 70 milhões, ou talvez mais, quando os conquistadores estrangeiros
apareceram no horizonte; um século e meio depois estavam reduzidos tão só a 3,5
milhões. (P. 62)
O ouro e a prata permaneceram ainda por bastante tempo como
os principais objetivos de extração dos colonizadores na América Latina. Porém,
ao se darem conta da vantagem que poderiam obter também se aproveitando de
iguarias raras na Europa, como o açúcar por exemplo, foi que uma nova etapa da
exploração se arraigou no Novo Mundo.
Durante pouco menos de três
séculos a partir do descobrimento do América não houve, para o comércio da
Europa, produto agrícola mais importante do que o açúcar cultivado nestas
terras. Multiplicaram-se os canaviais no litoral úmido e quente do nordeste do
Brasil, e depois também nas ilhas do Caribe: Barbados, Jamaica, Haiti,
Dominicana, Guadalupe Cuba e Porto Rico. Também Veracruz e a costa peruana se
mostraram sucessivos cenários favoráveis à exploração, em grande escala, do “ouro
branco”. Imensas legiões de escravos vieram da África para proporcionar ao rei açúcar
a numerosa e gratuita força de trabalho que exigia: combustível humano para
queimar. As terras foram devastadas por essa planta egoísta que invadiu o Novo
Mundo arrasando matas, malversando a fertilidade natural e extinguindo o húmus
acumulado pelos solos. (P. 87)
Foi longo e devastador o ciclo do açúcar na América Latina. A exploração da monocultura deixou por muito tempo as terras improdutivas em diversas colônias. Isso sem mencionar no aumento demanda por escravos africanos para trabalharem na produção agrícola. O açúcar sendo uma iguaria de preço elevado na Europa, passou a ser de interesse dos países do primeiro mundo, um modo de obter a o controle da produção, visando evidentemente os lucros com a dominação deste mercado. A Holanda, forte potência, chegou a invadir o nordeste brasileiro em 1630, com o intuito principal de aprender os conhecimentos técnicos para a produção de açúcar. Porém os holandeses foram expulsos, mas levaram consigo o conhecimento da produção de açúcar para as Antilhas, propagando em nome da obtenção de lucro, a exploração, a pobreza e a miséria em outras terras da América Latina. A exploração do açúcar chega até o século XX, onde em Cuba acontece a revolução com o intuito de acabar com a devastação que a exploração do açúcar culminou. Houve o ciclo da borracha, onde no Brasil se concentrava a maior reserva de borracha que existia até então. Mas como a técnica do açúcar, a técnica para obtenção da borracha foi levada do Brasil, só que dessa vez pela Inglaterra, fazendo com que o Brasil não fosse mais o único polo produtor de borracha. O cacau e o café também tiveram sua vez nas explorações agrícolas.
Como a cana-de-açúcar, o cacau
trouxe consigo a monocultura e a queimada das matas [...] O café trouxe consigo
a inflação para o Brasil; entre 1824 e 1854, o preço de um se multiplicou por
dois. Nem o algodão do Norte nem o açúcar do Nordeste, esgotados já os ciclos
de prosperidade, podiam pagar aqueles caros escravos. O Brasil se deslocou para
o Sul. Além da mão de obra escrava, o café usou os braços dos imigrantes
europeus, que entregavam aos proprietários metade de suas colheitas num regime
a meias que ainda hoje prevalece no interior do Brasil. (P. 128 – 134)
A mentalidade de monocultura implantada na América Latina, não trouxe benefícios para nenhum país da América Latina, o que foi deixado foi um legado de anos de terras improdutivas, advindas do período da escravidão, e deixando no presente milhares de pessoas em situação de miséria.
O legado deixado na mentalidade burguesa latino-americana, desde as épocas de colônia, foi a de que tudo que é estrangeiro é bom, e o interno é de pouco apreço. Esse infeliz critério proporcionou ao imperialismo as condições necessárias para disseminar ainda mais as influências nas colônias pós independentes. Não houveram resistências ideológicas, mesmo em meio a tantas derrotas, perdas de vidas e riquezas naturais. Aos países do chamado primeiro mundo, foi deixado todas as portas abertas por aqueles que aqui se mantinham no poder. A América Latina, não muito longe, encontrou em sua independência a própria dependência, conforme Galeano (2010. P. 159) afirma: “Frustração econômica, frustração social, frustração nacional: uma história de traições seguiu-se à independência, e a América Latina, despedaçada por suas novas fronteiras, continuou condenada à monocultura e à dependência. ” Diferente do que aconteceu com a economia na América do Norte, que após a independência se voltou para o mercado interno, assim se fortificando; os detentores do poder na América Latina não se preocupavam em abastecer o mercado interno. Explica Galeano (2010. P. 130) “Essas circunstâncias explicam a ascensão e a consolidação dos Estados Unidos como um sistema economicamente autônomo, que não drenava para fora a riqueza gerada em seu seio. ” Assim, a falta de controle/interesse da própria regulação de mercado fez com que o poder político latino-americano fosse facilmente corrompido e manipulado.
A América Latina teve em seguida
suas constituições burguesas, muito envernizadas de liberalismo, mas não teve,
em troca, uma burguesia criativa, no estilo europeu ou norte-americano, que assumisse
como missão histórica o desenvolvimento de um capitalismo nacional pujante. As
burguesias destas terras nasceram como simples instrumentos do capitalismo
internacional, prósperas peças da engrenagem mundial que sangrava as colônias e
as semicolônias. Os burgueses de vitrine, usuários e comerciantes que
arrebataram o poder político, não tinham o menor interesse em impulsionar a ascensão
das manufaturas locais, mortas no ovo quando o livre-câmbio abriu as portas
para a avalanche de mercadorias britânicas. (P. 158)
A ganância pelo capital estrangeiro corrompeu a elite social. Seduzidos pelas obtenções de lucros que a promessa do livre comércio trazia, não houve imposição quanto as negociações desfavoráveis que ao invés de desenvolver, acabava chancelando o subdesenvolvimento da América Latina.
Não conhecia sobre este livro, passei a me dar conta de sua grandeza e importância através das aulas de Administração de Crises que estou tendo na faculdade. Sou estudante de Relações Públicas. Acredito que a importância desse livro para o campo de estudo da comunicação corporativa está justamente no texto de Galeano que relata os abusos cometidos em nome do capital predatório e desumano, que ceifou milhares de vidas, o autor ajuda a mostrar ao leitor até que ponto a busca incessante pelo progresso e pelo capital, faz com que sejamos inescrupulosos com próprio gênero humano.
Acredito
que exista um paralelismo que pode ser traçado nos relatos do livro, entre o
que deu errado na história da América Latina - onde a preocupação com a
obtenção de lucros irrestrito dos colonizadores fez com que estes passassem por
cima de tudo e de todos - e no atual mundo globalizado das corporações, onde
muitas vezes para a maximização de lucros, as empresas se eximem de valores e
princípios éticos e morais, na maioria dos casos gerando um cenário de crises
que podem afetar milhares de pessoas.
Nas palavras do próprio autor “Não tem
riqueza que não seja inocente. Toda riqueza é nascida de alguma pobreza”. Se no
passado era comum os abusos praticados pelas nações colonizadoras detentoras do
capital e pela hegemonia que regia a ordem econômica naquela época, hoje na
globalização existe uma vigilância no mundo que denuncia esses abusos aos
órgãos reguladores das nações, principalmente porque a palavra de ordem no
planeta é Sustentabilidade, nos âmbitos econômicos, social e ambiental.
Agora é a vez da soja transgênica,
dos falsos bosques da celulose e do novo cardápio dos automóveis, que já não
comem apenas petróleo ou gás, mas também milho e cana-de-açúcar de imensas
plantações. Dar de comer aos carros é mais importante do que dar de comer às
pessoas. E outra vez voltam as glórias efêmeras, que ao som de suas trombetas
nos anunciam grandes desgraças. (p. 6)
Na atualidade a interpretação deste livro pode se dar, na ótica das Relações Públicas, com o olhar de aprendizado para o passado, para
que se construa no presente o futuro mais harmônico, equilibrado e consciente, de respeito nessa nova era do capitalismo. No ponto de vista humano de um latino americano, não há como mudar o passado, mas há como aprender muito com ele no presente,
assim como se aprende muitas lições quando se passa por uma grande crise. Aprender sobre como capitalismo se abateu sobre nossa história ajuda a compreender que hoje, nesse "novo mundo" das relações na globalização, há um novo capitulo para criar ou renovar a nossa história, nossos valores.
Nestas terras, não assistimos à infância
selvagem do capitalismo, mas sua decrepitude. O subdesenvolvimento não é uma etapa
do desenvolvimento. É a sua consequência [...] E porque na história dos homens
cada ato de destruição encontra sua resposta, cedo ou tarde, num ato de
criação. (p. 372)
Leiam, reflitam e principalmente conheçam a nossa história.
Artur César
Post Scriptum
neste 01/11/2017