2º livro lido em 2015
Terminei de ler em 14/01/2015
Comprei o exemplar em um sebo, no centro de São Paulo, aos arredores da rua 7 de Abril um dos meus locais prediletos de daqui. Me chamou a atenção a capa e a sinopse, que diz se tratar de uma ficção, que envolve um dos mais celebres filósofos que já existiu: Immanuel Kant. De quem nutro uma profunda admiração. E adoro estudar sobre sua filosofia brilhante. Não foi a primeira ficção que li em que a historia era envolta por um filosofo que gosto. A Cura de Schopenhauer; de Yrvin D. Yalom foi o primeiro, e relativamente curti, pois há um pouco de biografia desses filósofos, embutida nas historias/ficção. Por estudar, sei que a biografia de Kant não é uma coisa muito interessante, pois não aconteceu muita coisa na vida dele, que viveu somente em Königsberg. O que é fascinante em Kant, são suas ideias que ajudaram muito na construção do pensamento contemporâneo.
Conseguir fazer a leitura das 464 páginas desse thirller, em exatamente uma semana, e nem corri pra ler.
A historia...
Acontece em 1804, a Europa esta em atenção com as invasões napoleônicas, e o cenário do enredo, a Prússia, vive sobre esta tensão. O magistrado em direito, Hanno Stiffeniis, é convocado as pressas para voltar depois de 11 anos a Königsberg, e dar continuidade nas investigações de uma serie de assassinatos que se mostram similares e inexplicáveis que vinha assombrando a cidade. Acredito que Michael Gregorio, categorizou bem o que talvez fosse a ciência forense, na virada do século XVIII e XIX. O inicio é bem interessante, intrigante e convidativo para se adentrar na trama, cheia de mistérios e ocultismo - sim ocultismo, não se trata de um livro de filosofia, e sim uma ficção em que um dos personagens é um dos maiores filósofos. Lembrando!
Hanno Stiffeniis, encontra problemas pois todos os relatos sobre os assassinatos que ocorreram, se encaixam. onde todas a vitimas foram mortas da mesma maneira, segundo os relatórios deixado por antigos investigadores, mas alguns fatos parecem omitidos, ocultados propositalmente. O que deixa o procurador em parafuso em suas investigações. Confesso que aqui faz com que a historia se arraste um pouco, pois o personagem principal H. Stiffeniis, se volta para diversos devaneios e inquietações, que acho, poderia ser um pouco mais sucinta pelo escritor. E a trama tenta se aprofundar nas superstições. obviamente no intuito de prender, com a oscilação do real e fantasioso.
Surge então a figura de Kant, que tinha sido professor do personagem principal, e que o ajuda nas investigações, tentando dar a luz para seu ainda eterno aluno - agora já formado. A historia vai bem no estilo Conan Doyle - Sherlock Holmes e Dr. Watson - , mas sem aquelas deduções lógicas brilhantes que fazem o livro ser inesquecível, e que ate hoje, só vi Sir Arthur de Conan Doyle fazer... Agatha Christie, talvez.
Confesso que senti falta desse tempero lógico racional, melhor explicativo, para a historia, com um personagem como Kant, nossa, seria magistral. Mas o final é interessante, pois acredito, salvou um pouco o livro de alguns tediosos capítulos. E claro, não irei contar aqui.
Em suma... é um bom livro, sobre tudo para quem gosta do gênero Thriller. A escrita é muito boa, a leitura flui fácil, o que ajuda a devorar vários capítulos muitas vezes em perceber
Artur César
Post Scriptum
neste 14/01/2015