sexta-feira, 20 de outubro de 2017

O Apanhador no Campo de Centeio - J. D. Salinger


5º livro lido em 2017
Terminei de ler 30/06/2017

Este foi um livro que sempre tive curiosidade de ler, até evitava de ler sinopses ou resenhas porque não queria fazer ideias sobre o livro. E não imaginava que era narrado por um adolescente de 16 anos, Holden Caulfield, e nem que a história se ambientava em New York. O autor, J. D. Salinger constrói uma obra que é toda contada a partir da mente/visão de um adolescente, fazendo com que a linguagem que é narrada seja extremamente simplista, fácilmente de ser assimilada e compreendida. Já entendia que O Apanhador no Campo de Centeio, se tratava de um clássico moderno do século XX, mas após o termino de minha leitura, pesquisando sobre, entendi porque este livro é um marco na literatura moderna pois foi um dos primeiros a retratar a vida cotidiana através do ponto de vista de um adolescente americano. Salinger escrever essa magnifica obra, justamente num momento de transição de valores da cultura urbana americana, no pós Segunda Guerra, onde os EUA começam a deixar de ser um país altamente conservador. É neste contexto que o adolescente Holden esta inserido, buscando viver suas experiências.

Existe no jovem protagonista aquele medo muito comum acerca do futuro, onde imperam os pensamentos de rejeição da sociedade, um introspecção que não permite uma visão ou expectativa de se inserir dentro da sociedade. Uma busca de fuga e não de enfrentamento. O nome do livro, O Apanhador no Campo de Centeio, é justificado quase no fim do livro, e ajuda a entender um pouco o psicológico de Holden, pois este tem a vontade de que as coisas não mudem no tempo em que ele esta, pois ele quer que tudo permaneça. É traduzida a vonta de Holdens querer ser Apanhador no Campo de Centeio, de uma música, quando ele canta para sua irmãzinha - a quem ele tem profundo apreço no livro, e que acabada corrigindo ele que interpretava a letra erradamente. E a justificativa da intenção que querer ser esse apanhador é a de salvar as criancinhas para que não caiam dos montes de centeio. Ou seja talvez única expectativa que Holden de fato tenha, é a de querer salvar as crianças. Pode se enxergar implicitamente no próprio o Holden um medo particular da vida. 

Adolescente bem chato e irritante, diga se de passagem, mas que é extremamente fundamental para retratar a verossimilhança da obra, pois é em todos os conflitos internos e externos que pelo qual Holden Caulfield passa que torna esse livro um real marco. Em algum momento lendo a saga rebelde de Holden, se torna impossível não se identificar com algo ao qual o narrador pensa, passa e acredita ser verdade. Rola um certo ar de curiosidade nostálgica na leitura, ao menos eu senti, e acredito que isso me fez devorar este livro em apenas um dia.

Ao final do livro, a gente consegue entender que todo o relato de Holden é um exercicio psicologico, de contar a sua experiencia. A clássica cura pela narrativa.
A história do livro se passa por Holden ser um adolescente totalmente desajustado, criado numa família de classe média alta, e que acaba de ser expulso de mais um colégio por ter sido reprovado em quatro de cinco matérias. E então ele decide fugir, também para não encarar os pais. E a história narrada por ele, gira em torno de um final de semana que ele escapa do colégio e passa por diversas situações bem incomum para um adolescente da sua idade, em um centro urbano. Para a época de 1950 - periodo em que o livro foi escrito e publicado - a linguagem do livro e as atitudes do personagem, eram bem inovadoras, pois muito das revoluções culturais que aconteceram no mundo, começaram a acontecera posteriormente na década de 60. Então Holden e o Apanhador no Campo de Centeio eram bem polêmicos.

Gostei bastante de conhecer essa obra e entender a significancia dela para a literatura mundial. 
O Apanhador no Campo de Centeio com certeza é um clássico que ficará eternizado pois ele, atraves de uma narrativa bem simples, consegue alcançar questões psicologicas bem profundas.
Recomendo para quem leiam ao menos uma vez na vida essa obra, vale muito a pena.

Artur César 
Post Scriptum
Neste 20/10/2017

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